Resenha do livro "10 Livros que Estragaram o Mundo", de Benjamin Wiker
ESCLARECEDOR, APESAR DO VIÉS IDEOLÓGICO
Com conceitos de valores e ideais bastante acentuados, "10 Livros Que Estragaram o mundo" trás à luz reflexões conservadoras sobre personalidades e ideais historicamente retratados de forma unilateral. Nesta obra o autor Benjamin Wiker analisa figuras como René Descartes, Friedrich Nietzsche, Jean-Jacques Rousseau, dentre outros pensadores, cientistas e políticos, que influenciaram e influenciam uma legião de pessoas, positiva ou negativamente, até a atualidade.
Para aprofundar-se melhor no conteúdo, é primordial que o leitor já possua algum conhecimento intermediário acerca dos assuntos abordados, para que não torne-se uma viagem alienante, do ponto de vista ideológico. Criticar a vida e a conduta de Adolf Hitler é bastante parece uma posição bastante óbvia e fácil, mas considerar que o Discurso sobre o Método, de Descartes, é um tratado questionável, faz com que o conteúdo do livro torne-se duvidoso. Por isso, antes de embarcar em qualquer discurso, é necessário compreendê-lo minimamente. Ao aprofundar-se nesta obra, sugiro que leia também todas as outras que são citadas por Wiker, para que como leitor, possa criar seu próprio juízo de valores.
O livro é interessante do ponto de vista das referências, onde o autor traz passagens e falas dos livros que pretende criticar, possibilitando, desta forma, que o leitor compreenda o contexto, ainda que desconheça o assunto como um todo. Os capítulos irão agradar conservadores e cristãos convictos mas, certamente, irão incomodar progressistas, socialistas ou qualquer outro admirador do espectro ideológico de esquerda. De toda maneira, é sempre importante conhecer vários lados de uma mesma moeda, para reforçar nossos próprios argumentos.
Nota: 3/5
Resenha: Alex Coimbra
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